terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Moção de repúdio à Vale pela campanha de assédio moral contra os trabalhadores em Mariana (MG)


  
Repudiamos a campanha de assédio moral praticada pela Vale na região de Mariana e Ouro Preto.
 A Vale está utilizando de ameaças, perseguições, constrangimentos, mentiras e calúnias para impor de forma autoritária sua vontade aos mais de 3 mil operários do Complexo de Mariana (MG).
 Nas últimas semanas, em pleno período de negociação coletiva, são recorrentes as ameaças de retirada de direitos, desconto de valores já pagos aos trabalhadores, realizações de reuniões de “pressão” por parte da chefia, entre outros tipos evidentes de prática de assédio moral.
Sendo assim, com métodos típicos da época da ditadura militar, a Vale ataca os funcionários em geral e, em particular, os trabalhadores que compõem a chapa de oposição (Chapa 2), a qual se coloca contrária à política da empresa.Essa pratica foi comum na época de Roger Agnelli, ex-presidente da Vale, entrou Murilo Ferreira que afirmou “querer uma empresa mais humana” e o “trabalhador menos estressado” se é isto mesmo a Vale tem que acabar com este tipo de prática, caso o contrário vai desmoralizar seu próprio discurso.
Essa onda de assédio e perseguição ocorre em função da legítima reivindicação, dos trabalhadores, do pagamento do tempo despendido no transporte até os locais de trabalho, as conhecidas Horas In Itinere. Como não existe linha pública de ônibus disponível, é obrigação da empresa (segundo a legislação trabalhista) pagar pelo tempo de transporte.
Contudo, a Vale quer pagar apenas por 23 minutos, enquanto a perícia técnica da justiça do trabalho avalia em 2 horas o tempo gasto, por dia, em transporte ao trabalho no complexo referido. Para piorar, a empresa quer pagar apenas 30 meses de retroativo, sendo que deveria, por lei, pagar 60 meses de passivo trabalhista.
Deixando de lado quaisquer princípios éticos e democráticos, a Vale impõe uma campanha de assédio e perseguição contra todos os trabalhadores que estão contra sua proposta. 
Por tudo isso, exigimos o fim imediato do assédio moral implementada pela Vale, a apresentação de uma proposta que represente a realidade das horas in itinere e o respeito completo pela livre organização sindical dos trabalhadores.    

Enviem esta moção de repúdio contra a posição da Vale.

Contribuindo assim para que a empresa termine imediatamente com esta campanha de assédio moral e respeite os direitos e as conquistas dos trabalhadores.
Os endereços eletrônicos aos quais devem ser enviados esta moção de repúdio estão indicados abaixo:

ENVIAR PARA:

Andre Teixeira – Relações trabalhistas e clima organizacional: andre.teixeira@vale.com

Mario Barreto – Relações trabalhistas e clima organizacional: mario.barreto@vale.com

Luciene Cota – Relações trabalhistas e clima organizacional : Luciene.cota@vale.com

Isaac Dourado – Relações trabalhistas e clima organizacional: isaac.dourado@vale.com

Paulo Soares – Conselheiro/Vale eleito pelos trabalhadores : presidencia@metabase.com.br

Presidência da Vale:  

 

sábado, 3 de dezembro de 2011

INFORMATIVO SOBRE A AUDIÊNCIA PÚBLICA DE 30 DE DEZEMBRO


INFORMATIVO SOBRE A AUDIÊNCIA PÚBLICA DE 30 DE DEZEMBRO

A audiência é uma mera formalidade, onde o secretário da educação e sua trupe devem prestar esclarecimentos das ações realizadas ao longo do ano junto a Comissão de Educação da ALESP.
Estiveram presentes a audiência por volta de 400 – quatrocentas – pessoas, sendo a esmagadora maioria de aposentados vindos do encontro realizado pela APEOESP que foram deslocados para o evento; a eles se somaram os militantes das correntes do CER/Executiva/DEC do sindicato e alguns dirigentes de ensino – estes últimos trazidos pelo governo.
Foi um evento organizado e hegemonizado pelo PT – que controla a comissão de educação da ALESP – onde nossa palavra foi para mais de boicotada. Tivemos um único orador – o camarada João Zafalão – em mais de 15 – quinze – intervenções; isto porque o camarada para falar teve que fazer uma longa negociação com a direção da bancada do PT.
A esmagadora maioria dos oradores foi da APEOESP, que se utilizou de um artifício para inflacionar seu número de oradores colocando-os como representantes da “sociedade civil” a partir de uma série de organizações e movimentos sociais e das centrais sindicais – CUT e CTB. Nosso camarada falou pela CSP-Conlutas.
A esmagadora maioria das intervenções questionou o secretário sobre o parcelamento das férias dos professores, a aplicação da jornada do piso salarial profissional dos professores – 1/3 de hora atividade – e outras questões como o ensino médio de tempo integral.
A “presidenta” Bebel adotou um tom conciliador, chegando a propor ao secretário, como forma de acordo político, que inicie a atribuição em 26 de janeiro e encontre uma solução para a “quarentena” dos professores categoria O.
Nosso camarada JZ, o único orador da oposição a falar no evento, atacou duramente o governo dizendo que o parcelamento das férias tem relação direta com a privatização do ensino; com as parcerias com escolas particulares no ensino médio para ministrar ensino técnico-profissionalizante adequando o calendário escolar da rede pública a rede privada de ensino que tem férias em julho e recesso em janeiro.
A segunda questão abordada pelo nosso camarada João Zafalão foi o cumprimento da jornada de 1/3 de hora atividade que foi objeto inclusive de uma liminar obtida pelo sindicato contra o governo; exigindo seu imediato cumprimento como um direito dos professores do qual não abrimos mão.
Por fim, nosso orador, o único da oposição a falar no evento, lembrou que o “reajuste” de 42% anunciado e parcelado pelo governo representa, se tanto, a reposição de perdas passadas nos próximos quatro anos, o que significa que ao final de 2014 estaremos, na melhor das hipóteses, na mesma condição salarial de 2011. E desafiou o secretário dizendo que em nenhum dos polos foi proposto a divisão das férias; e exigiu a estabilidade para todos os professores uma vez que, em sala de aula diante dos alunos, não existe qualquer diferenciação, somos todos professores independente da letra ou categoria – F, O ou efetivo.
O secretário estava bastante nervoso e agiu de forma autoritária, ameaçando muitas vezes abandonar a audiência se a platéia se manifestasse diante de suas falações. Ao final terminou dizendo que a Resolução 44/2011 que parcela as férias é para valer, que as férias serão mesmo parceladas em 2012 e em 2013 talvez, se a atribuição puder ser feita em dezembro, as férias voltarão a ser de 30 dias em janeiro.
Em resposta ao nosso camarada JZ disse que jamais pensou o calendário em razão da privatização e que sobre a divisão das férias todos os polos reivindicaram a atribuição em dezembro – como se uma coisa tivesse relação com a outra.
Sobre o cumprimento da jornada do piso salarial de 1/3 de hora atividade o secretário afirmou que faz eco com a declaração do governado de que irá cumpri-la, ficando a cargo da secretaria da educação divulgar até o fim do ano como irá fazê-lo.
Diante da proposta da presidenta de iniciar a atribuição em 26 de janeiro disse que este assunto seria resolvido na reunião de hoje – 01 de dezembro na comissão paritária – e que ela poderia divulgar o que será acordado entre as partes na reunião – o último Fax Urgente confirma que a atribuição começará em 23 de janeiro de 2012.
A última resposta importante do secretário sobre nossas demandas foi sobre os professores categoria O; ele afirmou que enviará um projeto reduzindo a “quarentena” de 200 dias para 30 dias.
Na essência o secretário reafirmou a política antieducacional do governo estadual, se chocou com parte da vanguarda do sindicato, não conseguiu se impor diante dos prebostes do governo estadual – deputados da base governista presentes a audiência – e nosso orador conseguiu fazer a denúncia do governo tucano se diferenciando dos representantes da Artsind/CUT/CTB.
De resto, há, ou pode haver, “uma luz no fim do túnel”, tomara que não seja o trem vindo de encontro a nós – o governo talvez cumpra a jornada de 1/3 de hora atividade. Isso poderá gerar milhares de novos postos de trabalho além de reduzir significativamente nossa jornada laboral.
Porém, como “seguro morreu de velho”, não devemos nos iludir de antemão; devido a correlação de forças pouco favorável a nós, a forma de aplicação da nova jornada ficará a cargo do governo, o que não é garantia de nada.
A contrapartida é que esta aplicação da nova jornada poderá, ou não, gerar um “caldo de cultura” favorável a mobilização no início de 2012.